quarta-feira, 30 de maio de 2012


"Uma pessoa, quando tá longe, vive coisas que não te comunica, e tu, aqui, vive coisas que não a comunica. Então, vocês vão se distanciando e, quando vocês se encontrarem, vocês vão se falar assim: oi, tudo bom e tal, como é que vão as coisas? E aí ele vai te falar, por cima, de tudo que ele viveu, e, não sei, vai ser uma proximidade distante. Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra."

Um texto perdido.

Mergulho.

Você é uma folha em branco para novas pessoas pintarem.
Um belo dia nem tão belo, não é data comemorativa, não tem ritual, e não tem motivo. Você só e simplesmente acorda uma folha em branco para novas pessoas mancharem-te ao tom do novo tempo.

Ciclo.

Da primeira à última manhã
A gente se promete, remete, impõe
Que daquela primeira à última manhã
A gente sai do centro do círculo
E passa a vê-lo por inteiro

A vista é torta, a dor vê pouco e demais
A mentira é sincera, e sabe acreditar
A culpa sabe amar mais que o amor
O ego entende mais de dor do que a falta
O centro é um vício
O ego é um vício
A culpa é um vício
O amor é a vítima, mentirosa!
Que de tão sincera, passa a não existir
Por aquela última manhã

Da primeira a ultima manhã
Fecho esse ciclo
Você não foi amor
Você era um vício.
E há de alguém dizer que amor nada mais é do que um vício
Jogado num texto cru
Com cheiro de recomeço.

domingo, 13 de maio de 2012

Um presente.

"O Chocolate

Gostos de chocolates
em peles de chocolates
em todas
as coxas
em momentos de músicas cubanas
com Garcia Lorca
ao pé da cama.
Juntos,
reunidos na mesma forma
que tantos 
partilharam num uníssono
sussurro ininteligível.
Por toda madrugada.
Hasta!

Recordar o acorde
Mágico
de nosso despertar
já pela manhã
que começou à tarde.
O aroma
Extasiante
do mais puro
e singelo
e sedutor
Chocolate.
Humn!
Em teu corpo sabor chocolate
movimentos delicados de esmero,
Bom dia, já é tarde, tenho que ir...
E como é difícil
este adeus."

Um inesquecível presente.
De Paulo.
11/09/2011 

Vício.

E essa eterna falta do que dizer. Não tô cansada.
Dizem que desistir é para os fracos. Desistir é para os fortes, é preciso bem mais que coragem, é preciso coragem e inteligência, de desistir na hora certa, pela causa certa, ou simplesmente pela causa que te é conveniente.
E esse medo, esse nó no estômago como uma faca rodando e te contorcendo inteiro pela manhã de domingo. Não tô cansada.
Os sonhos gritam! Mas eu insisto, eu insisto com minhas entranhas, insisto pela dor que já existe, insisto com o vômito engolido, nem que seja só de pirraça. Nem que seja só até o dia certeiro, e até ter coragem o suficiente para desistir de você, de nós, e de mim. Daí então eu consigo o que tanto insisti.

Não me vale.
Cansei, vou insistir mais um pouco, já amei demais por hoje.